terça-feira, 12 de abril de 2016

Resenha #04: V de Vingança



Ficha Técnica:

Nome Traduzido: V de Vingança.
Nome Original: V for Vendetta.
Editora: DC Comics
Ano de lançamento: 1988.
Edições: 5
Status: Terminada.

Resenha:

Sempre tive a curiosidade de ler esta história, conheço muito bem seu autor, mas sempre adiava a leitura. Sempre via apenas algumas cenas do filme baseado nesta obra, porém sem muita atenção, até que uma madrugada resolvi assistir o filme por completo. Ao terminar de ver não queria outra coisa, senão ler finalmente a hq de origem.
Galeria Sombria.
Créditos: Internet.

A história se inicia na Inglaterra, em 5 de novembro de 1997 (lembrai, lembrai.. do 5 do novembro. Data sugestiva, não ?) com um garota chamada Evey Hammond que "se oferece" para a pessoa errada e quase acaba sendo abusada sexualmente senão fosse pela intervenção de (nosso "herói") V.  Ele é um ser que se veste como Guy Fawkes e se apresenta de forma muito enigmática, após salvar a menina, ele a leva para ver seu primeiro grande feito contra o sistema político: Explodir as casas do parlamento. (Romântico, singelo e único.  V realmente é muito galanteador, mal conhece a garota já leva ela para passeios anarquistas). V "adota" Evey e assim vamos descobrindo o passado de ambos, primeiro o da Evey, pois ele sempre se mantém um passo a frente dela com seus mistérios. V é muito teatral, melancólico, mas inteligente em seus planos muito bem amarrados (e loucos).

Quando comecei a ler, estava acostumado a algo mais simples, fácil (beirando a preguiça, algo que não exercitasse meu cérebro alem de interpretar letras enfileiradas) e senti um certo "desconforto" ao ler esta hq, pois algumas vezes tive q voltar as páginas para reler e entender o contexto (Alan Moore é genial, mas tem hora que é um saco ficar lendo o roteiro dele).

V consolando Evey.
Créditos: Internet.
Uma boa sacada são os nomes dos setores do governo. "homens-dedo","Olhos", "Nariz". Cada parte separada tem sua função especifica e juntas formam um corpo, um governo (Sim, eu cheguei a esta conclusão sozinho!!). Tudo isso é controlado pelo "Destino", um super computador que controla todas as câmeras, microfones e ações das pessoas do país.

Há violência na medica certa. Sempre em momentos pontuais onde a agressividade esta lá para completar a história, assim como prostituição, racismo, controle sobre opinião. O que faz a hq ser linda, memorável (e as vezes um pouco arrastada, chata) é o roteiro (tão) detalhado deixando a história geral muito rica com vários pontos de vista do mesmo acontecimento, vários personagens envolvidos são envolvidos por um acontecimentos, mas nem por isso se interagem.

O final é incrível. Tem de tudo um pouco: Traição, reviravoltas, amor, redenção. Evey finalmente entende o que V queria dizer a ela (mesmo que ele a tenha manipulado para que isso aconteça). Esta hq é a prova que uma ideia não morre, o corpo pode virar pó, mas a ideologia é eterna. Alan Moore escreve esta obra prima que mesmo sendo de quase 30 anos atrás se faz tão atual.

Ps: A parte em que V tem um dialogo com a "Justiça" é a melhor parte. É como se a Justiça que ele conhecia tivesse traído ele, e por isso ele rompe o "relacionamento".

Se quiser ler V de Vingança:

V de Vingança - Parte 1
V de Vingança - Parte 2
V de Vingança - Parte 3
V de Vingança - Parte 4
V de Vingança - Parte 5


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