quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Resenha #08 - Esquadrão Suicida



Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Esquadrão Suicida
Nome Original: Suicide Squad
Editora: DC Comics
Ano de lançamento: 2011
Edições: 32
Status: Terminada

Resenha:

Como a própria HQ diz: "Esquadrão Suicida: Um time de super vilões encrencados, sancionados pelo governo, que são capazes de reduzir seu tempo de pena participando de missões secretas mortais. Como mante-los na linha? Nano-bombas implantadas em seus pescoços." (Eu não poderia fazer melhor apresentação resumindo o que eles são). Antes de tudo, esta resenha é baseada na versão 4 do esquadrão, ou seja, Os novos 52. (Os Novos 52 foi o nome dado a série de HQ em que zerariam todos os números e recomeçaram a escrever as histórias de seus personagens).

A vilã dos vilões.

 Desta vez a equipe é formada pelo Pistoleiro, Arlequina, El Diablo,  Aranha Negra, Tubarão Rei, Voltaico e claro, são comandados por  Amanda Waller, um mulher forte, capaz de tudo e uma poderosa  figura política no universo DC que criou a "Força Tarefa X" (um  nome bonitinho para Esquadrão Suicida). Logo nas primeiras  páginas temos a equipe sendo torturados após uma emboscada logo  na primeira missão, após um dos vilões contar tudo que sabe, (e  morrer, obvio) a equipe vai para sua missão de batizado: Conter  60.000 pessoas infectadas por um nano-vírus dentro de um estádio.

 Durante as primeiras revistas já vemos algumas características de  como será o enredo ao longo desta HQ: Sangue, muita ação, missões  malucas, intrigas internas pela liderança do grupo, muita sensualidade,  muitas piadas e situação engraçadas e um sentimento em comum em  todos os membros do Esquadão, a vontade de matar A. Waller.
 Fica nítido o quão descartáveis são os vilões, a cada 2 revistas  alguém morrer e colocam outro no lugar, com isso sempre vemos  mortes e outros vilões (que ninguém conhece).






"Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher".
Outro ponto positivo da história é o fato do esquadrão fazerem suas missões com o objetivo de não serem notados, ou pelo menos, tentam. Sempre tem uma missão principal e uma sub-missão específica para algum membro do grupo, geralmente é para o pistoleiro, logo vemos que ele é o participante que realmente sabe o que está fazendo (sendo fantoche da Amanda, fazendo o trabalho sujo em prol do governo). Ao longo das HQs vemos quem é o grande vilão: A própria Amanda Waller, chegando a reviver membros mortos do esquadrão para fazer novas missões. Conforme a história vai ocorrendo dependendo do diálogo ou  da situação sempre há um lembrete "Leia SS#04, Leia SS#06", até mesmo tendo referencias a outras histórias da própria DC, quando o Sr. C aparece fazendo uma participação especial.

Esquadrão Suicida é gostoso de se ler, os personagens escritos por Adam Glass (das séries Supernatual, Cold Case e Criminal Minds, nas HQs ele já fez Coringa: Morte em Família, Luke Cage, Demolidor e Deadpool) e desenhado por Federico Dallocchio (já fez e faz muitos trabalhos com a DC Comics) vão se desenvolvendo criando histórias secundárias ao longo da trama (só a Arlequina tem 2 HQs só para contar sua nova origem).

Por fim, esta HQ tem seu público alvo para jovens, porém é bem escrita entregando diversão com um clima de espionagem e humor sem fazer o leitor de bobo, as vezes os desenhos parecem ser mal feitos, porém nada que não de para relevar.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Resenha #07 - Batman: A Piada Mortal




Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Batman: A Piada Mortal.
Nome Original: Batman: The Killing Joke.
Editora: DC Comics.
Ano de lançamento: 1988.
Edições: 01.
Status: Terminada.

Resenha:


A história começa em uma noite chuvosa com o homem morcego indo visitar um velho "amigo" no Asilo Arkham, na porta da cela está uma placa escrita com "nome desconhecido" (Sim, o Coringa já tem 75 anos e ninguém sabe o nome de nascença dele). Quando Batman entra na cela, o prisioneiro está se distraindo com seus baralho e ele começa a falar sobre o relacionamento mortal entre os dois, um relacionamento longo e que mais cedo ou mais tarde um deles não teria escolha senão matar seu oponente.

Assim começa uma das melhores historias do cavalheiro das trevas. É possível notar um Batman pensativo, preocupada, quase que atormentado, com algumas perguntas: “Quem é o Coringa?’’, ‘’Como duas pessoas que não se conhecem podem se odiar tanto?’’. E ele percebe que por mais que tenha lutado com o palhaço do crime por inúmeras vezes e por diversos anos , ele não o conhecia, não tinha ideia de como ele se tornou este vilão, tão odiado por ele.

Coringa pronto para um dia na praia.
Outro ponto alto desta obra é a origem do Coringa. A primeira HQ que contou de onde surgiu o vilão mantendo a identidade do personagem oculta. Nos é apresentado quem ele era, se tinha família, o que ele fazia em forma de lembranças do Coringa durante a história, a cada lembrança todos os quadros são coloridos com poucas cores com um tom pastel, sépia (como se fosse uma foto desgastada pelo tempo) usando muito tons de amarelo e laranja, enquanto o resto da história tem diversas cores.

A história é muito conhecida pelo fato do Coringa querer provar (principalmente para o Batman) que qualquer pessoa que passe por um dia ruim pode vir a se tornar um "coringa", para comprovar sua teoria ele usa como cobaia a pessoa mais sã e moral de Gotham: Jim Gordon. O vilão rapta Jim e mostra fotos de sua filha nua, baleada e supostamente estuprada pelo Coringa. Isto já mostra o peso que esta HQ tem, algo totalmente fora do contexto infantil.

Ao final da história quando Batman finalmente luta contra o Coringa, no final da luta o palhaço do crime se entrega e os dois começam a conversar, como se ambos já estivessem cansados de fazer isso, como se este embate tivesse sempre o mesmo resultado: Coringa é preso, escapa, comete algum crime, é preso, escapa...
Mesmo assim, Batman oferece uma forma de reabilitação ao Coringa que recusa e conta uma piada, ambos riem e... (O final fica por sua conta. O que aconteceu depois disto ?).

Se até o Batman riu, a piada é boa.
Esta obra-prima foi escrita por Alan Moore (o mesmo de Watchman, reinventou Mostro do Pântano, Liga Extraordinária, V de Vingança, Do Inferno e por ae vai...). Ele escreve os diálogos de uma forma que você precise ler e reler, te prende na história, trás personalidade ao personagem, principalmente ao Coringa. Trata de um assunto pouco abordado: A relação entre o palhaço do crime com o cavaleiro das trevas, como um via o outro, como o Batman é tão louco quanto o próprio Coringa. As ilustrações por conta do Brian Bolland, um artista que já trabalhou muito com Batman, Dreed, O juiz e Camelot 3000.

Leia e aprecie esta HQ. Cada diálogo, cada cor extravagante que ela lhe proporciona.

P.S: Leia HQ, não veja a animação. (Opinião pessoal do autor que vos fala. A Animação é pra quem tem preguiça de ler.)

Caso queira ler: Batman: A Piada Mortal